A verdade é que o Grêmio não acertou quase nada. Apostou no empate, resultado que lhe daria a vaga, afinal, havia vencido a primeira partida por 2 a 1. Melhor para o time local, que, com o apoito de um torcida entusiasmada, tenta fazer história: o máximo que conseguiu foi chegar à semifinal, em 1961.
Resta ao Tricolor o Brasileirão. Estreia no dia 26 contra o Náutico, em Caxias do Sul, no Alfredo Jaconi – a Arena está interditada. O Santa Fé encara o Real Garcilaso, do Peru, dias 22 e 29 de maio.
Festa, pressão e... Dida
Tudo o que o Santa Fé prometeu, cumpriu. Tudo o que o Grêmio pretendia fazer, não fez. Foi assim que o primeiro tempo se apresentou. Desde o estádio com grande público – não lotou por detalhe -, linda festa com fumaça vermelha, uma faixa com os dizeres 'Queremos a Copa' e, claro, a pressão inicial, o time local partiu para cima. Tinha de reverter a desvantagem. E encontrou um adversário, embora o começo promissor, nervoso e cheio de erros.
Logo a cinco minutos, em grande assistência de Elano, o chileno surgiu na entrada da área: bateu firma para boa defesa do xará Varvas. Foi só. Não conseguiu manter a posse de bola, não trocou passes e tampouco atacou. Quando Zé Roberto, ao invés de apresentar a qualidade normal, perde o tempo de bola e acerta um chute em Torres, escapa do vermelho, era porque as coisas não estavam bem.
Souza disputa a bola contra o rival do Santa Fé (Foto: Reuters)
Sorte que Dida, sim, foi uma grande figura. Primeiro, a sorte. Borja ganhou de Werley, no alto, e acertou a trave. Equanto, os demais jogadores abusavam da cera, o goleiro ainda defendeu cabeçada de Torres e chute de Cuero. Só não foi pior porque a equipe colombiana, igualmente, deixou a desejar.- Temos de manter a posse de bola. Marcamos bem, mas não conseguimos atacar - diagnosticou Zé Roberto no intervalo.
Altitude gerou cansaço
A pausa entre os tempos, aliás, reservou mais um espetáculo da torcida. O bandeirão, de quase 300m, tomou meio estádio. Com a inscrição 'A força de um povo', o público tratou de dar o incentivo final. Embora a invasão parcial de alguns aficcionados.
Deu certo. A bandeira não tinha sido totalmente recolhida, e o Santa Fé teve a grande chance do jogo. Werley errou, a bola sobrou a Medina que, cara a cara com Dida, bateu fraco, facilitando a defesa.
O Grêmio parecia tentar administrar o empate. Embora a vontade, os jogadores do Grêmio mantinham os mesmos defeitos da etapa inicial. Mais: passaram a discutir em campo.
A situação era tão precária que o primeiro ataque saiu de um erro do Santa Fé. Meza recuou fraco. Permitiu que Vargas, com a sua velocidade, tivesse a chance de chegar à bola. Porém, o goleiro Vargas, com um carrinho, impediu o gol. O lance animou. Vargas, em linda jogada individual, serviu Barcos, que não teve pernas para chutar.
Naquela altura, o Grêmio parecia cansado. Eram 30 minutos. O Grêmio passou a fazer tempo. André Santos, por retardar o lateral, levou amarelo. E o que estava para acontecer, aconteceu. Medina tabelou com Pérez, ganhou dos dois zagueiros e, na saída de Dida, balançou a rede e, com a festa da torcida, o estádio: 1 a 0, aos 34 minutos.
Em desvantagem, o Grêmio não conseguiu reagir. As entradas de Kleber, Marco Antonio e Welliton pouco adiantaram. Mas aos 47, surgiu uma luz. Após jogada pela direita, Pará cruzou, o goleiro rebateu e Vargas, com o gol livre, chutou por cima. Devorado por Medina, o Grêmio deu adeus a Libertadores.
Nenhum comentário:
Postar um comentário